terça-feira, 7 de agosto de 2012

Como tudo começou







Nos conhecemos jovens, quando nossos salários mal passavam a casa dos R$ 500,00/mês, contudo já tínhamos uma atitude financeira bem forte - a mão de vaca e o muquirana! Brincadeira! Mas sabíamos que se quiséssemos sair da nossa situação financeira atual e sair da "corrida dos ratos" (termo usado no livro Pai Rico Pai Pobre) teríamos que ter atitude e foi assim que começou nossa estratégia para a tão sonhada Independência Financeira (IF).
 
Começamos organizando nossos salários e nossas contas em planilhas para então nos alinharmos financeiramente (provavelmente logo iremos publicar partes dela, que além dos nossos gastos, tem nossas projeções). Antes eu, Maria (faz de conta que o nome é esse) utilizava um caderno de anotações que não saia da bolsa e nele anotava toda entrada e saída de dinheiro. Para quem está começando a controlar os gastos pode ser uma ótima opção. Foi assim que descobri o quanto gastava com futilidades e o quanto elas devoravam meu rico dinheirinho.

Creio que essa parte do alinhamento seja a mais complicada para alguns casais, pois abrir mão de alguns gastos pode ser motivo de discussões, mas esses alinhamentos fazem parte de qualquer relacionamento, no caso estamos falando de finanças, mas também é importante para todo o resto do relacionamento. Quanto mais 'redondo' estiver o relacionamento como um todo, mais bem sucedido será o casal!
No nosso caso, cortamos todos os gastos que podíamos, como jantares fora todo final de semana (começo de relacionamento nos deixa gastadores e gordinhos, rs), compras excessivas e todas as coisas que podíamos, tudo para o bem do cofrinho!






Nosso relacionamento ficou sério quando resolvemos (mesmo antes de casar) unir as contas! 
Ok, pode parecer um passo bobo, mas estávamos realmente determinados (e ainda estamos!) a conquistar nossa IF, mas imagine a situação: ambos 'turquinhos', valorizando cada moeda que guardávamos. Confesso que relutei no início, mas hoje vejo que foi o passo mais bem dado do nosso relacionamento. São dois salários na mesma conta, os números crescem muito  mais rápido e é muito gratificante poder dividir isso com outra pessoa.
Não estamos incentivando para que faça isso sem planejamento, é um passo muito sério e precisa estar bem alinhado com a pessoa que está ao seu lado, só estamos comentando que no nosso caso tem dado muito certo, ok!?

Outro passo foi passar a usar cartão de crédito em vez de gastar com dinheiro/débito, pois assim temos além do controle de onde gastamos, um fluxo de caixa com dia marcado. No começo foi complicado pois tinha preconceito com cartão de crédito por ver muita gente se complicando; mas notei que o problema está na pessoa que usa o cartão, e não no cartão. Sem contar que ganhamos umas milhagens bacanas usando o cartão. Então se o desconto por outro meio for bom, usamos esse meio, mas como hoje em dia a maioria não dá desconto, só quer saber de parcelar, usamos o cartão.





Hoje temos, além da conta corrente que recebemos nossos salários, temos mais umas três ou quatro poupanças (produto do banco), mas nem todas estão em uso atualmente. Optamos por dividir o dinheiro em poupanças diferentes porque cada uma tem um objetivo e não queríamos mistura-las pois cada objetivo tem um percentual diferente também. Quando começamos a perceber a necessidade dessa separação real (além da virtual que fazíamos nas planilhas) nossa gerente do banco até corria da gente, porque toda hora pedíamos para abrir mais uma.

Temos poupanças para guardar um dinheiro que depois vai ser usado em outra coisa. Por exemplo agora o Tesouro Direto está pagando pouco, então enquanto não melhora (ano que vem deve subir um pouco) estamos deixando na poupança pois algumas oportunidades (por exemplo imóveis) requerem um dinheiro nem tão baixo "na mão". Mas o produto poupança é apenas um meio enquanto não investimos, não o investimento em si.

Como esse post já está ficando longo, em algum momento vamos detalhar melhor em outro específico.

Até breve.

8 comentários:

  1. Vocês começaram bem e pelo jeito são bastante unidos. Casais totalmente diferentes são fadados ao fracasso, infelizmente é essa realidade.

    Se vcs conseguem manter o fluxo de caixa usando cartão, ótimo, são poucas as pessoas que conseguem fazer isso sem se complicar. Eu, particularmente, prefiro usar dinheiro vivo, mas essa é uma questão muito pessoal.

    Quanto ao tesouro, acredito que acontecerá o contrário, daqui pra frente a tendência é ter uma remuneração cada vez menor, devido a queda das taxas de juros.

    Um abraço!

    Corey

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    1. Olá Corey,

      sobre o TD, tem um papo que as taxas de juros estão sendo baixadas na marra pra aquecer a economia, mas que a partir de ano que vem voltaria a subir um pouquinho para voltar ao nível "normal". Você acha que isso não vai acontecer? E se acontecer isso não refletiria no TD?

      Nós temos títulos de quase 13% a.a., acho que isso não deve acontecer mais, mas estávamos esperando uma retomada de uns 9% (10% seria melhor :)). Mas enquanto lia alguma coisa pra te responder vi isso: http://economia.ig.com.br/2012-07-09/mercado-reduz-previsao-de-alta-da-taxa-de-juros-selic-em-2013.html
      Parece que a tendência é ficar nessa mesmo (baixando e subindo de novo).

      No nosso caso ainda vale a pena manter a estratégia porque nossa grana estava ficando toda amarrada no longo prazo, e algumas oportunidades nós não tivemos capital para aproveitar.

      O bom é que nossas projeções estão sendo feitas com taxas moderadas... mas mesmo assim só com TDzinho vai ser difícil continuar no longo prazo. Por mais que ano que vem suba um pouquinho, no longo prazo a tendência é de baixa.

      É justamente esse tipo de questionamento que ajuda a gente a melhorar... se você não tivesse chamado nossa atenção para essas revisões pra baixo da taxa prevista pro ano que vem, a gente estaria desatualizado, valeu!

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    2. Sim, tem razão. Acredito que a queda dos juros não é algo sustentável no curto prazo e que já já a inflação vai subir, mas no longo prazo os juros cairão. Pelo sim, pelo não, eu vou comprando títulos...

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    3. Acho que a partir do mês que vem vou começar a investir mais balanceado. Agora já estamos com um valor que não é muito grande mas já dá pra alguma coisa na poupança.
      Provavelmente voltaremos pro TD e iniciar alguma posição em FII (andamos estudando opções).

      Abraço Corey.

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  2. Ola TI
    Parabens pelo blog e pelo comprometimento do casal economizar de forma tao organizada. Concordo com o Corey acima. Naminha opiniao, a RF que tivemos ate o ano passado nao vai existir mais. Ok, talvez no medio longo prazo, mas por enquanto nao acredito em boas rentabilidades nesse tipo de aplicacoes.
    Grande abraco

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    1. Pois é, agora vamos ter que nos virar :)
      Estamos analisando FII, debêntures, pagadoras de proventos e ações para comprar e manter.
      Pelo que vi rapidamente no teu blog, é mais ou menos o mesmo que gostaríamos de fazer.

      Valeu pela visita!

      Abraços

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  3. Que legal, também estamos pensando em começar os investimentos, para custear uma parte do casamento. Adoraaaamos finanças e estamos nos planejando para, ano que vem, entrarmos com tudo na blogosfera e nos rankings :P

    Abraços e felicidadees

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    1. Que legal :)
      Façam sim um planejamento para o casamento, mas façam também para a vida como um todo. O bacana é que pelo jeito, assim como a gente, vocês também gostam de finanças, e isso infelizmente é exceção entre os casais.
      Continuem unidos assim que vão longe! Pra gente tá dando muito certo.
      E façam mesmo um blog, pois cria um compromisso perante os outros. Mesmo que não tenham muito tempo de atualizar, vale a pena pela disciplina. Nós mesmos estamos com o blog bem parado, mas continuamos acompanhando e atualizando os dados, nos rankings. E isso faz com que a correria do dia a dia não nos afastem de cuidar do nosso dinheiro :D

      Abraços!

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