quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Planejamento de longo prazo


Todos nós que pensamos em finanças temos sempre em mente o longo prazo, a menos é claro que algo excepcional aconteça e encurte nosso caminho até a IF. Como eu não incluo mega-sena nos meus planos (apesar de dar uma brincada de vez em quando), o jeito é mirar no longo prazo mesmo.


Aproveitando o gancho, esse post estava em rascunho há mais de uma semana, e nesse meio tempo vi uma discussão bacana sobre planejamento no blog do Corey e do Dividendos e achei que vale a pena linkar pois tem a ver com o assunto.

Como muita gente, eu e a Sra T.I., ainda quando estávamos na faculdade, traçamos nossos alvos financeiros. Na época não tínhamos um valor exato, mas depois de alguns anos, quando a falta desse número incomodou, definimos nosso alvo: somando o salário dos dois deveríamos ganhar R$ 12.000,00/mês.

Nós não somos de famílias com grana, então achamos esse valor bem interessante. Nessa época tínhamos 20 e poucos anos, começando a trabalhar, e para nós era um objetivo de longo prazo.

Graças a Deus as coisas têm dado certo até aqui, e agora, ainda na casa dos 25 anos, chegamos nesse valor :)
Mas aí tem um "problema", como fica o planejamento?


Reposicionando o alvo





Como acreditamos que a renda dos nossos investimentos irão funcionar como um plus na nossa renda, não precisamos ambicionar um salário de empresário bem sucedido, como algo em torno de R$ 50.000,00 por mês. Somos mais "modestos" e chutamos um número mágico de R$ 20.000,00 de salário líquido até os 40 anos. Podíamos estipular R$ 15.000,00 até os 30 anos, mas estamos admitindo baixar a renda por um período para aumentar depois. Seria aquela abaixada antes do salto.

Nunca tivemos uma veia empreendedora, e assim como alguns colegas, também não vemos esse glamour todo em ter o próprio negócio. Pra gente o que vale mais é ter dinheiro passivo. Esse dinheiro pode vir tanto de um investimento (passivo real), ou de algo que você não se esfole para ganhar.

Até agora empreendedorismo não tem sido uma opção, pois durante muito tempo não dá pro dono do negócio tirar umas boas férias, viajar, esquecer do trabalho, etc. Não que sejamos preguiçosos, mas queremos ter filhos de carne e osso, não de tijolo. Porque uma empresa jovem é quase como um filho, mas você não pode passar protetor solar nela e a levar à praia nas férias :)
(comentário Sra. T.I.: adoro essas ilustrações do Sr. T.I, rss)

Sendo assim, escolhemos o caminho dos estudos. Estudar é um ativo maravilhoso, existem cargos muito bem remunerados apenas esperando alguém que não tenha preguiça de estudar. É um trabalho tão duro quanto, ou quem sabe pior que manter uma empresa no início, com a diferença que se no meio do primeiro ano quisermos tirar um mês de férias, só vamos atrasar o objetivo em um mês (na verdade um pouco mais), e sem correr o risco de quebrar, pois continuaremos trabalhando. Em contrapartida, depois de chegarmos lá o salário aumenta muito, e em alguns casos há a possibilidade de trabalhar meio período.

Como passar em algum concurso top demanda tempo, estamos considerando por algum período diminuir o ritmo do trabalho para ter mais tempo de estudo, por isso comentei ali em cima de baixar um o salário antes de chegar no objetivo.


Mudança de carreira pode ser uma alternativa





Eu e a Sra TI gostamos do trabalho que temos, mas eu sempre tive vontade de fazer uma segunda faculdade, pois durante minha graduação eu tinha matérias de áreas diferentes e gostava muito. Minha ideia passou a ser fazer outra faculdade, em algum tempo, em uma área diferente da minha formação inicial, para "abrir a cabeça".
Me considero bem sucedido na área que atuo, tendo um salário até acima da média da minha região, logo cogitar essa possibilidade não é uma fuga por eu ser ruim no que faço.

De uns tempos pra cá, começamos a pensar: já que nosso objetivo é um concurso top, e temos um bom tempo até nossa próxima meta, essa segunda faculdade poderia abrir mais ainda as possibilidades. Alguns podem questionar se vale a pena deixar de fazer algo que gosta para ganhar mais. A minha resposta nesse caso é: quem disse que eu preciso gostar de apenas uma coisa? Ou ainda, por que não posso continuar atuando na minha formação original (atualmente a única) como um lazer no futuro?



Metas intermediárias ajudam a motivar




Obviamente nem tudo é salário. Conta muito a qualidade de vida que você vai conseguir manter enquanto ganha aquele salário. Tanto que desde que começamos a trabalhar evoluímos mais ou menos assim:

1. Gostaria de ganhar R$ 2.000,00; (nos tempos de estagiário esse valor era emblemático :))
2. Ralamos pra caramba e passamos a ganhar 2k bruto; (o salário bruto não vem para o bolso, mas como é mais rápido de chegar do que o líquido, funciona como motivador)
3. Miramos em 2k líquido e ralamos até chegar lá;
4. Miramos por exemplo 5k e vamos repetindo o processo;
5. Quando fica complicado superar um determinado valor (perto do teto da área), passamos a procurar uma forma de ganhar o mesmo ralando menos (valor da hora trabalhada sobe);
6. Com o tempo livre que sobra dá pra investir em saúde, estudo, e assim romper o teto atual;
7. Começa tudo de novo  :)


A ideia é ao chegar na próxima grande meta (20k) focar principalmente na qualidade de vida. Hoje temos qualidade de vida: pelo menos duas férias por ano (viajando só em uma), vamos à academia, gostamos de pescar. Mas no futuro a ideia é ter um nível mais bacana: três férias por ano, de preferência viajando nas três, e ter que ralar menos no dia a dia (férias não necessariamente de 30 dias).

Pra gente parece um plano bem pé no chão, com uma janela de mais de 10 anos, mas sempre tem gente que acha que é viagem. Tanto que fora do blogosfera, com raríssimas exceções, nem comentamos questões de salários. Os mais próximos até sabem nosso objetivo de passar em um concurso, mas imaginam que miramos mais baixo. (Essa semi-solidão em relação a esses assuntos que faz a gente virar blogueiro, não é?)

Pode parecer clichê, mas aprendemos na prática que o esquema é mirar alto. Não aquele papo de mirar em estrela pra acertar o teto, porque temos que mirar algo que pretendemos de fato alcançar. Mas mirando baixo corremos o risco de chegar lá muito rápido e ficarmos meio perdidos. Então o esquema é  traçar uma objetivo bacana, com metas intermediárias e uma estratégia para chegar lá.

Infelizmente por paranóia para não expor muita informação a nosso respeito acabamos não podendo revelar muitos detalhes, mas nosso plano é esse aí. Sei novamente que o texto ficou grande, mas eu tenho o defeito de ter preguiça de começar a escrever, mas quando começo não quero mais parar hehehe. Acho que quando tiver mais tempo de blog vou saber administrar isso melhor e fazer posts menores e mais frequentes :)


domingo, 12 de agosto de 2012

Situação financeira - Agosto/12




Os números ainda são tímidos, mas preferimos colocar para nossos controles futuros.
Lembrando que temos duas contas virtuais, uma para a independência financeira e outra é nosso caixa 2, que vamos usar para gastar com supérfluos: carrão, viagens, etc.

Aportes mensais

Investimento mensal IF: R$ 2.350,00
Investimento mensal Cx2: R$ 850,00
Saldo do mês passado: R$ 2.000,00 (50% em cada conta)


Total

TD: R$ 39.709,16  (taxa média de 11,83% a.a.)
Poupança: R$ 24.320,22
Total: R$ 64.029,38


Proporção por objetivo

Poup. IF: 70,76%
Caixa 2:   29,24%


O Balanceamento planejado entre a PIF e o Cx2 é 75% e 25% respectivamente, mas como o valor é baixo, qualquer aporte fora dessa proporção já tira do "padrão". Um exemplo disso foi esse aporte de 2k dividido no meio, que acabou puxando quase para uma proporção de 70/30; mas isso é temporário.

Como falamos no primeiro post, temos essas duas subcontas pois não queremos ter só um valor em investimentos, queremos uma graninha para bancar algumas extravagâncias. Vai demorar mais? Vai, mas é algo que agora acreditamos valer a pena. Se daqui algum tempo a gente mudar de ideia sem problemas, o dinheiro estará lá trabalhando por nós.

Por que buscar a Independência Financeira?






É complicado escolher uma imagem que ilustre a sensação de IF para nós. E talvez para quem não pensa em dinheiro passivo, é até estranho o que vamos dizer; mas o que buscamos é poder viver exatamente com o que poderíamos desfrutar hoje, mas sabendo que é algo que ninguém poderia tirar da gente.

Pelo nosso ramo de atuação, poderíamos tirar facilmente 3 férias de 15 dias por ano, que para nós seria bem legal. Claro que poder ficar de férias para sempre é melhor, mas podendo tirar férias a cada 4 meses, e ainda poder curtir feriadões de até 5 dias algumas vezes no ano, já seria muito bom. Isso porque trabalhamos nas nossas áreas de formação e gostamos do que fazemos, mas com certeza depois da IF deixaríamos os postos mais trabalhosos e seríamos só mais uns no meio do povão, sem muito destaque, sem muita responsabilidade, sem muito estresse.




Outra opção é parar completamente de trabalhar, e aí quem sabe nos mudarmos para uma cidade litorânea e gerir nossas finanças da praia :)
O "problema" disso é que deixaríamos de presente pro governo tudo que contribuímos com a previdência, e se até lá isso ainda existir, deixaríamos pra trás uma graninha de uns 9k/mês (valores de hoje). Pode parecer estranho alguém do nosso meio levar isso em consideração, mas o fato é que não contamos com esse dinheiro.  Nossos planos só consideram nossos investimentos, mas...

Considerando a opção da semi-aposentadoria, já estaríamos trabalhando no que gostamos (hoje já é assim, mas com muita responsabilidade), e com isso estaríamos recebendo um bom salário além do passivo. Poderíamos então tirar as tais 3 férias anuais e curtir feriadões, o que nos deixaria com uma vida mais "leve" e tranquila. Ah, além disso, provavelmente estaríamos trabalhando meio período, tinha esquecido de comentar essa possibilidade. Somando tudo isso acho que podemos não parar de trabalhar sem perder qualidade de vida. Até porque quando a mente para de ser desafiada a gente via ficando mais burro.


Mas e o tempo até lá?





Começamos em 2010, com 1k por mês. Fizemos a conta mais tosca possível: 1k/mês durante 30 anos, com rentabilidade da poupança antiga daria 1M. Simples assim. Obviamente isso não ajuda muito, mas é importante começar a investir - ou pelo menos poupar - assim que a ficha cair. Depois a gente pensa melhor em como investir o dinheiro.

Por exemplo a gente fez uma conta simples, onde investíamos 1k todo mês com rentabilidade de 0,5% (poupança antiga) ou a 0,8% (rentabilidade que consideramos boa). A diferença em 3 anos foi de R$ 2.192,62, e chamamos isso de o preço do aprendizado. Ou seja, mesmo passando 3 anos com essa rentabilidade pequena, a diferença não é significativa. Isso nos ensinou algo importante: não adianta se esforçar para conseguir uma excelente rentabilidade em pouca grana, melhor conseguir mais grana pra investir. Sabemos que 0,8% a.m. não é considerado excelente para a maioria das pessoas, mas por segurança fazemos nossas projeções com 0,65%, ou seja, 0,8% para nós beira o excelente.

Isso foi importante porque sou meio viciado em ler e estudar sobre finanças, e estava lendo um livro atrás do outro. Mas depois dessa constatação, o foco passou a ser em aumentar a renda. Graças a Deus tem dado certo e hoje nossos aportes são de 3,2k obrigatórios, mas sempre sobra um "chorinho" nos fim do mês e então investimos também. Desde que tivemos nosso último aumento temos aportado mais de 5k por mês, mas faz pouco tempo que essa mudança aconteceu, então ainda não fez muito resultado.

Pelo plano de 1k durante 30 anos a previsão era 1M quando a gente tivesse quase 60 anos, agora ajustando os valores a previsão é 1M antes dos 45 anos.


Quanto dinheiro é necessário?




Aqui entra a complicação :)

Como boa parte da galera, acreditamos que o importante seja o fluxo de caixa, mas até lá estamos investindo em aumentar os aportes e em criar uma poupança para termos parte da grana com boa liquides. Como ainda estamos muito no início do nosso trajeto (~ 65k), ainda não temos diversificação, e como ainda estamos dentro da janelas dos 3 anos de aprendizado (que comentei há pouco), nem estamos muito encucados com isso.

O que podemos dizer é que nosso maior investimento por enquanto tem sido em criar uma certa massa de grana para podermos investir melhor. Nosso objetivo é conseguir manter o nosso salário de hoje sem precisar lidar com tantas complicações no dia a dia. Ou seja, se nossa renda caísse de 15k (ainda não está nisso) para 7k depois da desacelerada (ou semi-aposentadoria), precisaríamos de um fluxo de caixa passivo de 8k, por isso talvez 1M fosse suficiente.

Então a gente falou, falou, falou e acabou chegando no mesmo número mágico que todo mundo persegue. Mas mais do que o valor em si, o interessante é o efeito psicológico disso. É um número fácil de mentalizar, e tem nos mantido focados. Mas como estamos muito longe disso, vamos buscando os valores menores primeiro. Por exemplo há pouco tempo estávamos pensando em passar da barreira psicológica dos 50k; então acabávamos economizando para no fim do mês ter uma graninha a mais para "comprar" essa cifra.

O legal disso é que por mais que não deixemos de comprar um ou outro eletrônico da moda, acabamos querendo comprar "cifras". Ou seja, em vez de pagar 2k em algo, pode ser mais interessante usar esse dinheiro para arredondar 65k, por exemplo. De qualquer forma acho que está claro que não somos poupadores patológicos que querem dinheiro pelo dinheiro. Esse exemplo é um fator motivador, mas como já falamos nesse e nos outros posts, não deixamos de viver enquanto a IF não chega.

Se deixar eu escrevo infinitamente, então vou parando por aqui. Conforme os comentários forem surgindo a gente vai explicando melhor algo que não tenha ficado claro mesmo com todo esse texto.
E assunto é o que não falta, por isso mesmo muitos posts virão =)

Abraço a todos.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Como tudo começou







Nos conhecemos jovens, quando nossos salários mal passavam a casa dos R$ 500,00/mês, contudo já tínhamos uma atitude financeira bem forte - a mão de vaca e o muquirana! Brincadeira! Mas sabíamos que se quiséssemos sair da nossa situação financeira atual e sair da "corrida dos ratos" (termo usado no livro Pai Rico Pai Pobre) teríamos que ter atitude e foi assim que começou nossa estratégia para a tão sonhada Independência Financeira (IF).
 
Começamos organizando nossos salários e nossas contas em planilhas para então nos alinharmos financeiramente (provavelmente logo iremos publicar partes dela, que além dos nossos gastos, tem nossas projeções). Antes eu, Maria (faz de conta que o nome é esse) utilizava um caderno de anotações que não saia da bolsa e nele anotava toda entrada e saída de dinheiro. Para quem está começando a controlar os gastos pode ser uma ótima opção. Foi assim que descobri o quanto gastava com futilidades e o quanto elas devoravam meu rico dinheirinho.

Creio que essa parte do alinhamento seja a mais complicada para alguns casais, pois abrir mão de alguns gastos pode ser motivo de discussões, mas esses alinhamentos fazem parte de qualquer relacionamento, no caso estamos falando de finanças, mas também é importante para todo o resto do relacionamento. Quanto mais 'redondo' estiver o relacionamento como um todo, mais bem sucedido será o casal!
No nosso caso, cortamos todos os gastos que podíamos, como jantares fora todo final de semana (começo de relacionamento nos deixa gastadores e gordinhos, rs), compras excessivas e todas as coisas que podíamos, tudo para o bem do cofrinho!






Nosso relacionamento ficou sério quando resolvemos (mesmo antes de casar) unir as contas! 
Ok, pode parecer um passo bobo, mas estávamos realmente determinados (e ainda estamos!) a conquistar nossa IF, mas imagine a situação: ambos 'turquinhos', valorizando cada moeda que guardávamos. Confesso que relutei no início, mas hoje vejo que foi o passo mais bem dado do nosso relacionamento. São dois salários na mesma conta, os números crescem muito  mais rápido e é muito gratificante poder dividir isso com outra pessoa.
Não estamos incentivando para que faça isso sem planejamento, é um passo muito sério e precisa estar bem alinhado com a pessoa que está ao seu lado, só estamos comentando que no nosso caso tem dado muito certo, ok!?

Outro passo foi passar a usar cartão de crédito em vez de gastar com dinheiro/débito, pois assim temos além do controle de onde gastamos, um fluxo de caixa com dia marcado. No começo foi complicado pois tinha preconceito com cartão de crédito por ver muita gente se complicando; mas notei que o problema está na pessoa que usa o cartão, e não no cartão. Sem contar que ganhamos umas milhagens bacanas usando o cartão. Então se o desconto por outro meio for bom, usamos esse meio, mas como hoje em dia a maioria não dá desconto, só quer saber de parcelar, usamos o cartão.





Hoje temos, além da conta corrente que recebemos nossos salários, temos mais umas três ou quatro poupanças (produto do banco), mas nem todas estão em uso atualmente. Optamos por dividir o dinheiro em poupanças diferentes porque cada uma tem um objetivo e não queríamos mistura-las pois cada objetivo tem um percentual diferente também. Quando começamos a perceber a necessidade dessa separação real (além da virtual que fazíamos nas planilhas) nossa gerente do banco até corria da gente, porque toda hora pedíamos para abrir mais uma.

Temos poupanças para guardar um dinheiro que depois vai ser usado em outra coisa. Por exemplo agora o Tesouro Direto está pagando pouco, então enquanto não melhora (ano que vem deve subir um pouco) estamos deixando na poupança pois algumas oportunidades (por exemplo imóveis) requerem um dinheiro nem tão baixo "na mão". Mas o produto poupança é apenas um meio enquanto não investimos, não o investimento em si.

Como esse post já está ficando longo, em algum momento vamos detalhar melhor em outro específico.

Até breve.

Post inicial



Acompanhamos blogs de finanças há algum tempo e realmente, blogs sobre esse assunto é o que não falta, mas a vida financeira como descrita na maioria dos blogs parece algo pouco palpável, para muitas pessoas, seja pelo fato de imaginar que com 1M dá pra fazer mais do que dá de verdade, ou pelo fato de pessoas se privarem de qualquer relacionamento, ou os que tem relacionamento optarem por não ter filhos para facilitar a chegada da tão sonhada Idependênfia Financeira (IF).

Criamos o blog com o intuito de compartilhar nossas estratégias financeiras e mostrar que, ao contrário do que parece, é possível sim trabalhar, ter família, filhos, o carro dos sonhos, uma casa que dê orgulho e ainda assim, alcançar a IF. Obviamente que para ter tudo isso precisamos de algumas coisas: aportes relativamente pesados, e pensar em semi-aposentadoria.

Inclusive esses tópicos do Investidor Defensivo e do Corey sobre semi-aposentadoria é o que sempre foi nosso objetivo, mas achávamos até que estávamos sozinhos nessa linha de pensamento. Então com esses posts sobre esse assunto ficamos até mais motivados a compartilhar nossos planos.

Nossa estratégia é ter uma renda boa, em torno de 15k líquidos (hoje está próximo disso), somando o salário dos dois, e conseguir uma renda passiva de mais uns 10k vinda dos investimentos. A vantagem disso é que mesmo quando tivermos recebendo apenas 5k dos investimentos, já será uma boa grana, já que poderemos diminuir os aportes e deixar a carteira se retroalimentando, e com isso teremos uma percepção de renda maior. Essa renda porém é nosso objetivo até os 30 anos, para os 40 pensamos em uma renda em torno de 25k a 30k somando o salário dos dois, e estamos nos mexendo para isso.

Ok, parece simples, mas e as despesas com casa, filhos, carrão? Hoje nós temos entre 25 e 30 anos, e somos bem disciplinados com relação aos gastos. Nossos aportes são corrigidos anualmente pela inflação ou pelos aumentos do nosso salário (quando ocorrer, podendo ser mais de uma vez por ano), o que for maior. Graças a Deus até hoje tem sido o segundo caso.

Fixamos 25% do nosso líquido em aportes, sempre arredondando os valores para cima. Então hoje estamos aportando mais de 25% (3,2k). Desse total, 3/4 são para a IF e 1/4 é destinado àquilo que julgamos importante para satisfazer nossas "futilidades", e chamamos essa "conta" de Caixa 2. Isso é porque não queremos ralar pra caramba e chegar à IF e não termos curtido nada que nossa condição financeira nos proporcionaria. Desse valor então é que tiraremos o carrão e algumas viagens.

É importante dizer que carrão, gosto de imaginar um Mustang em torno de 150K, é algo simbólico. Pelas nossas projeções faltam uns 10 anos para chegar lá, e até lá podemos mudar de ideia, mas acho importante ter um símbolo para sonharmos. Ter 1M (por exemplo) é muito abstrato, mas colocar a foto do carro sonhado como papel de parede motiva. Obviamente outros carro irão sair, e pode ser que perto de 40 anos de idade podemos querer outra coisa, mas que é algo motivador, isso é :)



Despesas com viagens nós podemos fazer um mix do nosso 13º com parte da grana do Caixa 2, quando o mesmo já tiver tamanho pra isso.



Despesa com casa já é algo separado, já faz parte das nossas contas, e quando nossos filhos começarem a dar despesas mais caras, o dinheiro que hoje é gasto com a casa, já poderá ser redirecionado para esse fim. Até lá, nossa renda acomoda os gastos. Além de não pretendermos parar de trabalhar, buscamos sempre aumentar nossa renda, como já foi dito, seja fazendo pós graduações, mudando de cargos, mudando de empresa. Obviamente não conseguiremos subir para sempre, mas ainda podemos subir mais um pouquinho. Além do mais não moramos em uma cidade de custos muito altos nem muito baixos, podemos considerar moderado. E também somos bem econômicos, gastando pouco, mas sem passar vontade. Uma viagem de fim de ano nos custa hoje uns 3,5k e é bancada facilmente com o 13º.

Esse post inicial foi para dar uma ideia do nosso perfil. Apesar de existirem diversos blogs de finanças, com pessoas mais conhecedoras de teoria do que nós, acho que nosso blog pode contribuir com uma estratégia diferente, pois somos um casal jovem, pretendemos ter 2 filhos e fazer algumas extravagâncias. Estamos nesse plano há 2 anos, então não é só teoria. Claro que o caminho mal começou, e o mais difícil ainda deve estar por vir, mas esperamos manter o plano, por mais que ele mude com o tempo.